segunda-feira, maio 18, 2009

Cascais Mesh

Boas, pessoal... passei este fim de semana no Cascais Mesh... e embora com 35 anos de vergonha, tenho que dizer que foi a primeira vez que fui a um "festival", e mais, a primeira vez que fui ver reggae ao vivo. Foi muito interessante ver as várias interpretações de reggae, desde o roots, ao dub, ao mais hip hop, mas de facto o ponto alto da noite, foi mesmo Kymani Marley.

Quer dizer, eu fiquei um bocadinho desapontado, não porque ele cante mal... aliás, todo o clã Marley canta mal a meu ver que canto tão bem quanto uma cana rachada, mas acima de tudo sabem usar a voz de maneira proveitosa e carismática... bem se calhar é isso que se chama cantar... lol.
Mas estava eu a dizer que tinha ficado desapontado... É que estava à espera de ter mais material de Kymani e menos de Bob, e embora ele tenha cantado umas 3 músicas dele, passou a noite toda a cantar êxitos como No Woman no cry, I Shot the Sheriff, Waitin in vain, So much trouble (aí nessa ele deu uma swingada muito própria... gostei!), etc...
Quanto aos outros, adorei Israel Vibration, kotas da polio... impressionante, Zion Train como uma aproximação dub à coisa, foi muito giro e educativo. Infelizmente não vi em nenhum dos dias os tugas... é que a malta tem afro influências e por isso chega sempre atrasado!

Também fui com boa companhia, props para Marta (Breakem all) Bita, Bernardino (The Nina Man), Pedro (não sei rappar) Amador, John (The Pula) Rasta... obrigado por partilharem comigo estes momentos!

quinta-feira, maio 14, 2009

Chimarruts

"(...) Chimarruts é uma banda brasileira de reggae formada em Porto Alegre (RS) no ano de 2000. A idéia de formação de uma banda surgiu primeiramente com o vocalista Rafael Machado e que logo contagiou seus mais próximos amigos: Sander, Rodrigo, Émerson e Diego. Alguns, colegas de classe, outros, vizinhos. Amigos de infância. Mais além, conheceram o atual integrante “Nê”, que também tocava alguns instrumentos. A principio ele entraria na banda tocando bateria, depois a idéia foi de tocar guitarra, mas depois aprendeu a tocar flauta e harmônica e esse foi o caminho escolhido.(...)"
leia o artigo na íntegra na wikipedia.pt


Essa "Galera" tá com um som muito power positivo, confira o vídeo... vale a pena investir!


quinta-feira, maio 07, 2009

Kohndo

Um MC de qualidade brutal... Kohndo, com o seu album de estreia "Deux Pieds Sur Terre" de 2007. Fantástico, não consigo deixar de ouvir. Adoro as linhas de baixo, simples mas eficazes, a repetição hipnótica do beat, e o flow extraordinário de Kohndo... claro que o francês, essa língua de sonoridade maravilhosa ajuda, mas adorei!

quarta-feira, maio 06, 2009

Hoje Amélia

Navegando pela minha amiga Ariana, encontrei esta pedra preciosa, por momentos faz-me lembrar um Gotan Project menos denso e mais pop... acho que é uma aposta fantástica na renovação do nosso acervo musical... se não renovação, pelo menos uma releitura
Chek it out!

Havia um objectivo... Ao início fomos de alguma forma intimidados pelo peso do Fado. As canções que Amália cantou. Era fado. Ela simbolizava o Fado. Mas Hoje, ao olhar atrás, ouvindo os discos, analisando tudo o que a Amália fez “conseguimos” perceber que Amália era muito mais que Fado. Era muito mais que um estilo pontuado e apoiado por duas guitarras e um vestido negro. Amália... O que era para mim Amália... Amália foi a primeira e talvez única artista Pop que Portugal teve. Porque ser Pop é não ter fronteiras. Ser Pop é respirar aquilo que se canta. Hoje consegui perceber que as canções eram obras históricas de cultura pop. Cultura Pop. Amália era a capa dura que cantava. Amália era a voz. Mas atrás das letras, do tom triste e melancólico haviam melodias, harmonias que queriam mais espaço que umas tristes duas guitarras. As canções que Amália cantava tinham cor. O resto era estética. Na sua essência Amália era Pop. E foi assim que decidimos criar os Hoje.

Mais que Fado. Muito mais que Fado. Hoje é um País novo. Hoje é dizer ao mundo que Amália era Pop. Se ninguém ainda tinha pensado nisto... Ao escutar as canções que escreveram para Amália desde logo imaginei texturas pop. Um elogio à canção cantada em Português. Hoje é um marco. Poderá fazer história mas na sua essência as canções sempre estiveram aqui. Hoje é um olhar adulto sobre aquilo que de melhor Amália tinha, cor.
Sei de cor as canções. Elas, as canções, Hoje são vida, esperança e a eterna saudade que hoje se escreve de todas as cores. Se Portugal é só Fado então o Pop é a preto e branco. Hoje Portugal tem vozes que conseguem dizer que Amália era mais que fado.
Amália Hoje é um disco. Reúne três vozes distintas. Fernando Ribeiro dos Moonspell, Paulo Praça de mil e um projectos e Sónia Tavares dos The Gift. São produzidos, idealizados e arranjados por mim que antes de ser dos The Gift sempre fui Português.
Amália Hoje é um disco que sairá em breve. Canções que vivem para alem dos vestidos pretos e das guitarras Portuguesas. Hoje é um grito. Hoje é um dizer basta. Amália é muito mais que fado. Amália é pop e este disco será a prova que Fado é redutor para a voz que brindou o mundo e ainda mais redutor para os compositores que imaginaram as melhores canções pop de sempre da história da música portuguesa. Hoje é um veiculo pop sem fronteiras nem barreiras, sem concepções nem travões. Hoje é aquilo que quisemos que Amália hoje fosse.

Hoje somos todos aqueles que acham que Portugal é muito mais que aquilo que se mostra. Hoje é história. Hoje somos todos nós.
Nuno Gonçalves